NEUROMARKETING: A CIÊNCIA POR TRÁS DO MARKETING

Você já percebeu que, quando sobra um tempo disponível, normalmente começamos a pensar no que vamos fazer? O que nos leva a decidir onde ir ou quem visitar, a psicologia explica como sendo um processo da mente para preencher uma necessidade ou desejo.  

 

Dentro do marketing, o raciocínio é parecido. O que motiva um consumidor a comprar determinado produto ou contratar um serviço pode parecer subjetivo, mas muitas vezes é fruto de uma estratégia complexa de marketing. 

 

Para que uma boa estratégia funcione, entretanto, é fundamental conhecer o público-alvo da marca. Entenda abaixo como o neuromarketing funciona e como ele pode aprimorar a experiência do consumidor e trazer melhores resultados para um negócio. 

 

Definição de neuromarketing   

 

O neuromarketing é uma ferramenta do marketing desenvolvida pela neurociência para compreender fatores como gatilhos mentais e estímulos que podem influenciar um consumidor na decisão de compra. A partir disso, o conceito pode ser utilizado não apenas no comércio, mas também para influenciar e engajar os diferentes públicos das empresas.? 

 

Tendo por base o processamento da informação pelo cérebro, é estatisticamente possível prever o impacto emocional de um serviço ou produto dentro de uma determinada audiência. 

 

Relacionamento e estratégia 

 

Criar oportunidades para manter um bom relacionamento com as pessoas e engajar clientes se tornou essencial no desenvolvimento das companhias.  

 

Para o neuromarketing, o uso das emoções e da psicologia faz parte da construção do relacionamento e da experiencia dos clientes. Dependendo da estratégia de cada negócio, é possível focar em relacionamentos que tragam resultados imediatos ou a longo prazo.  

 

Em um e-commerce, por exemplo, pode ser interessante agir a curto prazo. Já na visão macro, uma boa estratégia de marketing foca sempre no longo prazo. Segundo o especialista da área Philip Kotler, marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado.  

 

Como aplicar o neuromarketing? 

 

Quando se fala na aproximação do cliente com a marca e a organização, tocar nas emoções é o maior desafio. Mas, para isso dar certo, é preciso entender o público.  

 

As formas de estimular o diálogo e baixar as defesas são muitas. Pode ser por meios diferentes como música, cheiro, sons, imagens e facilidades tecnológicas. Comprovadamente, utilizar os sentidos aumenta as vendas. 

 

Grandes marcas como o McDonald´s realizaram estudos com as cores para estimular seus consumidores a seguir um padrão de comportamento em suas lojas. Pense em uma praça de alimentação cheia de gente. Tudo o que a empresa quer é servir alimentações rápidas para atender o próximo cliente. Com o entendimento de que a cor amarela estimula a fome, e o vermelho a urgência, fica fácil de entender a efetividade da identidade visual da rede de fast-food. 

 

Por meio de narrativas que vão além do serviço ou produto, uma marca pode ativar o lado emocional das pessoas. Em um dos nossos últimos artigos, (linkar artigo sobre storytelling), contamos como o storytelling pode ser utilizado para abrir caminho e capturar a atenção das pessoas.  

 

E os gatilhos mentais? Uma arma poderosa da neurociência para estimular a mente humana. No marketing, os gatilhos mentais podem ser usados para despertar interesses e emoções por meio de dados que medem a atenção, retenção e emoção dos indivíduos quando expostos a certas mensagens. 

 

Gatilhos mentais 

 

Unanimidade entre profissionais de marketing, os gatilhos mentais são uma técnica utilizada para influenciar uma decisão de compra. A forma como uma ideia é transmitida ao consumidor é construída para despertar a necessidade de consumo. 

 

No livro Armas da persuasão, bestseller do psicólogo americano Robert Cialdini, são apresentados alguns princípios essenciais que fazem as pessoas comprarem: 

 

  • Reciprocidade; 

  • Coerência; 

  • Aprovação social; 

  • Afeição; 

  • Autoridade; 

  • Escassez. 

 

Na autoridade, por exemplo, normalmente a publicidade utiliza um especialista ou alguém famoso para validar um produto. Na escassez, as campanhas focam em urgência, como “é o último dia da promoção” ou “são as últimas unidades”, para criar a sensação de que o produto ou o desconto vai acabar. 

 

Benefícios do neuromarketing 

 

O uso de algumas técnicas de marketing é fortemente enriquecido pelo neuromarketing e pode melhorar o desenvolvimento das atividades de uma empresa ou o engajamento entre a marca e as pessoas. Confira alguns benefícios: 

 

Decisões mais embasadas: entender a razão que faz um consumidor ou o público de um negócio a ser engajado permite que o mesmo planeje campanhas e ações com eficácia de resultados. Além disso, serviços e produtos podem ser criados com mais facilidade. 

 

Publicidade eficiente: entender o que motiva uma audiência possibilita a criação de campanhas melhores direcionadas, com o uso eficaz de títulos, cores e imagens que sensibilizem o grupo em questão 

 

Experiência do consumidor: entender e se conectar com o universo do povo que se quer atingir torna orgânica a otimização de sua experiência. As grandes companhias hoje em dia entendem bem a importância de engajar consumidores, públicos internos e externos. 

 

Em um ato de consumo, muitas vezes a escolha é feita por gatilhos mentais muito rápidos. Em outros, a experiência total com a marca é o que conta. Em ambos os casos, o neuromarketing é a ciência aplicada ao marketing cujo objetivo é atender com excelência as necessidades das pessoas.  

 

Estar ligado nisso pode significar o sucesso ou o fracasso de uma empresa, e essa sempre foi a função do marketing.